Selegilina manipulada indicações, formas de uso e vantagens da personalização

Selegilina Manipulada: Benefícios e Usos Terapêuticos


A selegilina, também conhecida como cloridrato de selegilina (HCl), é um medicamento utilizado principalmente no manejo de doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson. Pertencente à classe dos inibidores da monoamina oxidase tipo B (IMAO-B), sua ação ajuda a prolongar a atividade da dopamina no cérebro, melhorando sintomas motores e cognitivos. A manipulação desse fármaco oferece possibilidades de personalização que atendem às necessidades de pacientes que requerem doses específicas ou formas farmacêuticas alternativas.

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Para que serve a Selegilina?

A selegilina é indicada principalmente para:

  • Doença de Parkinson: como monoterapia em estágios iniciais ou como adjuvante à levodopa para melhorar a resposta motora.
  • Depressão maior refratária: em doses mais altas, é usada como antidepressivo em casos onde outros tratamentos falharam.
  • Transtorno cognitivo leve (TCL): pode auxiliar na preservação da função cognitiva em condições pré-demenciais.
  • Neuroproteção: estudos indicam potencial para retardar a progressão de doenças neurodegenerativas devido ao efeito antioxidante e redutor de radicais livres.

Por inibir seletivamente a MAO-B, a selegilina reduz a degradação da dopamina, prolongando sua atividade e melhorando o controle motor em pacientes com Parkinson. Em doses mais altas, pode atuar também sobre a MAO-A, ampliando seu espectro de ação.

Formas farmacêuticas manipuladas de selegilina 

A personalização da selegilina em farmácias de manipulação permite o desenvolvimento de formas farmacêuticas além das opções convencionais, como:

  1. Cápsulas personalizadas:
    • Disponíveis em dosagens intermediárias, permitindo ajustes finos.
    • Úteis para desmame gradual ou início do tratamento em pacientes sensíveis.
  2. Forma sublingual:
    • Absorção rápida, ideal para pacientes com dificuldade de deglutição ou que necessitam de resposta rápida.
  3. Soluções orais:
    • Facilitam a administração em idosos ou pacientes com disfagia.
    • Permitem dosagens precisas, ajustadas a partir de gotas.
  4. Pó para reconstituição:
    • Alternativa prática para personalizar doses no momento do uso.
  5. Gomas ou pastilhas:
    • Forma inovadora, ideal para pacientes que preferem alternativas ao uso tradicional de cápsulas.

Essas opções farmacêuticas tornam a terapia mais flexível e adaptada ao perfil clínico de cada paciente.

Dosagens comuns e personalização da selegilina na manipulação

As doses de selegilina variam conforme a indicação terapêutica e o perfil do paciente. Algumas recomendações gerais incluem:

  • Doença de Parkinson:
    • Dose inicial: 5 mg/dia, dividida em duas administrações (manhã e almoço).
    • Dose máxima: 10 mg/dia.
  • Depressão maior refratária:
    • Doses entre 20 mg a 40 mg/dia, geralmente em formas transdérmicas ou manipuladas para reduzir efeitos adversos.
  • Pacientes geriátricos:
    • Doses menores, como 2,5 mg/dia, para minimizar o risco de insônia ou agitação.

A manipulação é especialmente útil em casos onde:

  • Doses personalizadas são necessárias: ajustando-se às necessidades individuais, principalmente em idosos ou pacientes pediátricos.
  • Uso sublingual é preferido: oferecendo alternativas para pacientes que requerem rápida absorção ou têm dificuldade de engolir.
  • Desmame gradual: reduzindo o risco de efeitos colaterais na retirada do medicamento.

Vantagens clínicas da manipulação

  1. Flexibilidade na dosagem: A manipulação permite ajustes que as formas comerciais não oferecem, como 7,5 mg/dia, útil em transições terapêuticas.
  2. Melhora da adesão ao tratamento: Formas como soluções ou gomas podem ser mais bem aceitas por pacientes com aversão a cápsulas ou comprimidos.
  3. Redução de efeitos colaterais: A personalização com excipientes específicos pode minimizar irritações gástricas ou melhorar a biodisponibilidade.

Cuidados e contraindicações

O uso da selegilina requer supervisão médica devido aos possíveis efeitos adversos e interações medicamentosas:

  • Efeitos adversos: insônia, tontura, cefaleia e agitação são comuns, especialmente em doses mais altas.
  • Risco de crise hipertensiva: em combinação com alimentos ricos em tiramina ou outros IMAOs.
  • Interações medicamentosas: cuidado com antidepressivos tricíclicos, ISRSs e opioides.

Além disso, a selegilina é contraindicada em pacientes com hipersensibilidade ao composto, insuficiência hepática ou renal grave, ou que estejam utilizando outros IMAOs.

Referências científicas

  • Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica (13ª edição). ISBN: 9788582714665.
  • Maruyama, W., et al. (2002). "Neuroprotection by selegiline." CNS Drug Reviews, 8(3), 294-307. DOI: 10.1111/j.1527-3458.2002.tb00230.x.
  • Riederer, P., et al. (2004). "Selegiline's neuroprotective potential." Journal of Neural Transmission, 111(12), 1455-1468. DOI: 10.1007/s00702-004-0278-7.

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