Hidrato de cloral manipulado indicações e personalização farmacêutica

Hidrato de Cloral Manipulado: Usos e Cuidados


O hidrato de cloral é um medicamento hipnótico e sedativo amplamente utilizado em situações que demandam indução do sono ou sedação leve a moderada. Apesar de ser menos comum na prática moderna devido ao surgimento de alternativas mais seguras, sua manipulação ainda tem relevância clínica, especialmente em pediatria e geriatria, ou em casos que necessitem de doses específicas. Precisa de um cotação ? Envie sua receita receba um orçamento.

Para que serve o Hidrato de Cloral?

O hidrato de cloral age como um depressor do sistema nervoso central, sendo útil em diversas situações, incluindo:
  • Indução do sono: tratamento de insônia refratária, especialmente em curto prazo.
  • Sedação pré-procedimento: em exames ou intervenções não invasivas, como endoscopias e exames de imagem em pediatria.
  • Controle de agitação: em pacientes pediátricos ou geriátricos com distúrbios neurológicos.
  • Tratamento de crises convulsivas: como segunda linha em determinadas condições.
Sua ação sedativa ocorre devido à metabolização em tricloroetanol, que exerce efeito calmante no cérebro. A manipulação permite formas farmacêuticas mais adequadas para pacientes que necessitam de administração precisa ou que apresentam dificuldades com formas convencionais.

Formas farmacêuticas manipuladas

O hidrato de cloral pode ser formulado em diferentes formas farmacêuticas para atender necessidades específicas:
  1. Solução oral ou xarope:
    • Fácil de administrar, especialmente em crianças.
    • Pode ser adoçado ou aromatizado para melhorar a palatabilidade.
  2. Forma sublingual:
    • Proporciona absorção mais rápida, útil em situações que exigem efeito imediato.
  3. Cápsulas personalizadas:
    • Adequadas para adultos que necessitam de doses específicas ou que desejam evitar o sabor desagradável do hidrato de cloral.
  4. Pó para reconstituição:
    • Permite o preparo de doses ajustadas no momento do uso, ampliando a flexibilidade terapêutica.
  5. Supositórios:
    • Alternativa prática para pacientes com dificuldades de ingestão oral.
Essas formas manipuladas são vantajosas em contextos onde as apresentações comerciais não atendem às particularidades do paciente.

Dosagens Comuns e Personalização com Hidrato de Cloral Manipulado

As doses do hidrato de cloral dependem da idade, peso e indicação clínica. Algumas referências incluem:
  • Insônia em adultos:
    • Dose usual: 500 mg a 1000 mg antes de dormir.
    • Máximo: 2000 mg/dia.
  • Sedação em pediatria:
    • Dose comum: 25 mg/kg/dose, até um máximo de 50 mg/kg/dose (não excedendo 1 g).
    • Usado antes de procedimentos ou exames.
  • Idosos:
    • Doses menores, geralmente entre 250 mg a 500 mg, para evitar sedação excessiva.
A manipulação é especialmente útil em:
  • Pacientes pediátricos e geriátricos: ajuste de doses conforme peso e sensibilidade.
  • Necessidade de fracionamento de dose: em pacientes que não toleram as doses padrão.
  • Uso pontual pré-procedimento: preparo de formulações específicas para exames ou intervenções.

Situações clínicas específicas da manipulação do Hidrado de Cloral

  1. Insônia refratária: O hidrato de cloral pode ser uma opção eficaz para induzir o sono em pacientes que não respondem a outros hipnóticos, embora seu uso prolongado deva ser evitado.
  2. Sedação em pediatria: Sua eficácia e disponibilidade em solução oral o tornam útil em crianças que precisam de sedação leve para procedimentos diagnósticos.
  3. Pacientes com dificuldade de ingestão: Formas sublinguais ou supositórios são alternativas para aqueles que não podem ingerir comprimidos ou líquidos.

Cuidados e contraindicações

Apesar de sua eficácia, o hidrato de cloral apresenta potenciais riscos e deve ser usado com cautela:
  • Efeitos adversos: irritação gástrica, náuseas, sonolência excessiva e, em casos raros, toxicidade hepática.
  • Dependência: o uso prolongado pode levar à tolerância e dependência psicológica.
  • Sobredosagem: pode causar depressão respiratória e cardiovascular, sendo potencialmente fatal.
  • Contraindicações: pacientes com insuficiência hepática ou renal grave, ou histórico de hipersensibilidade ao composto.

Referências científicas

  • Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica (13ª edição). ISBN: 9788582714665.
  • Dawling, S., & Crome, P. (1989). "Clinical pharmacokinetics of chloral hydrate." Clinical Pharmacokinetics, 17(3), 217-225. DOI: 10.2165/00003088-198917030-00005.
  • Flores, A. P. (2015). "Sedativos e hipnóticos em pediatria." Revista Brasileira de Anestesiologia, 65(6), 435-445. DOI: 10.1016/j.bjan.2015.04.001.

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