O uso de anabolizantes derivados da testosterona, como enantato, trembolona, nandrolona (deca) e outros, tem se tornado comum entre quem busca ganhos rápidos de massa muscular. No entanto, um efeito colateral que preocupa muita gente é a queda de cabelo. Esse problema se agrava ainda mais com esteroides derivados do DHT (di-hidrotestosterona), como a mesterolona (Proviron) e a oxandrolona, que têm forte interação com os folículos capilares.
A relação entre anabolizantes e calvície acontece porque o DHT é um hormônio mais potente que a testosterona e pode levar ao afinamento progressivo dos fios, principalmente em quem já tem predisposição genética para queda capilar. Ou seja, se você tem casos de calvície na família, o uso desses compostos pode acelerar ou até intensificar a perda de cabelo.
Por que os anabolizantes agravam a perda de cabelo
Por Que os Anabolizantes Agravam a Perda de Cabelo?
Anabolizantes derivados da
testosterona, como trembolona e nandrolona, se ligam fortemente aos
receptores androgênicos, afetando vários tecidos do corpo – incluindo os folículos capilares. Essa ação pode
reduzir a fase de crescimento dos fios (anágena) e acelerar a fase de queda (telógena), tornando os cabelos mais finos e frágeis. O problema se intensifica ainda mais com esteroides que são derivados diretos do
DHT (di-hidrotestosterona), um hormônio altamente androgênico que afeta diretamente o ciclo capilar.
Quando o DHT se acumula no couro cabeludo, ele interfere no funcionamento dos folículos, fazendo com que os fios fiquem cada vez mais finos até que o crescimento se torne inviável. Quem já tem
predisposição genética para calvície sofre um impacto ainda maior, pois os anabolizantes aceleram um processo que normalmente levaria anos para acontecer.
Além disso, o uso de esteroides altera o equilíbrio hormonal do corpo e pode aumentar a
atividade da enzima 5-alfa-redutase, que converte mais testosterona em DHT. Com isso, a exposição constante a altos níveis de andrógenos intensifica a queda capilar e pode antecipar a calvície em pessoas geneticamente predispostas.

Inibidores de DHT e Bloqueadores de Receptores Androgênicos
O tratamento da queda capilar induzida por
anabolizantes exige abordagens diferentes, dependendo do tipo de hormônio utilizado. Quando os esteroides são derivados de
testosterona, como o
enantato, cipionato ou propionato, é possível reduzir a conversão em
DHT (di-hidrotestosterona) com inibidores da
enzima 5-alfa-redutase (5AR), como
finasterida e dutasterida. Compostos naturais, como o
saw palmetto, também atuam de forma semelhante, embora com menor potência. Diminuindo os níveis de DHT, é possível aliviar o impacto androgênico sobre os folículos capilares.
No entanto, quando o usuário recorre a
hormônios que já são derivados do DHT, como
trembolona, oxandrolona, mesterolona (Proviron) e drostanolona (Masteron),
inibir a 5-alfa-redutase não traz nenhum benefício, pois essas substâncias não sofrem ação a 5-alfa-reductase pois já são estruturalmente parecidas com DHT e possuem alta afinidade com os
receptores androgênicos. Nesse caso, a única estratégia viável para minimizar a queda capilar é o uso de
bloqueadores de receptores androgênicos, como
flutamida, bicalutamida, alfa estradiol e espironolactona. Esses compostos impedem que os andrógenos se liguem aos folículos capilares, reduzindo sua ação prejudicial.
Outra opção complementar são os
peptídeos de cobre (copper peptides), que auxiliam na
microcirculação do couro cabeludo, reduzem inflamações e favorecem a
regeneração folicular. Ele também possui uma leve ação antagonista de receptor androgeno.
O uso dessas estratégias pode ajudar a retardar a miniaturização dos fios, mas é essencial que sejam utilizadas sob
acompanhamento médico. Alterar a sinalização hormonal sem controle pode gerar efeitos colaterais sistêmicos, e a resposta ao tratamento varia conforme a
sensibilidade genética de cada indivíduo.
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